Somos todos órfão do terror galante de Hitchcock
,
É muito complicado falar sobre um programa que começar a trazer de volta diversas personagens antigas, uma temática consagrada e uma trama inesquecível. É assim que eu me sinto agora, já que vou falar sobre uma nova série com características que já são conhecidas pelo grande público. Para começar a descorrer sobre o assunto tenho que citar o mestre do suspense; Alfred Hitchcock. Ele teve a brilhante ideia de dirigir e produzir Psicose, levando muitas pessoas ao delírio através de todos os anos que se passaram. É uma produção que herdou o “gênero” de clássico, sendo obrigatória para todos os amantes da sétima arte. Bem, a verdade é que Bates Motel coloca toda a trama de alguma forma novamente em jogo, mas agora é a vez do famoso como tudo começou…
A série começa de forma simples, mas com um acontecimento inesperado na vida de Norman (Freddie Highmore). Logo em seguida mudanças começam a acontecer, decisões tomadas por Norma (Vera Farmiga). Uma nova cidade é apresentada e o motel é mostrado pela primeira vez, ainda com seu nome antigo. A partir deste ponto diversas situações são mostradas no cotidiano de mãe e filho, começando uma verdadeira apresentação do que vai ser apresentado desta relação. Novas personagens são mostradas, alguns que podem vir a ser fundamentais para o desenvolvimento da trama, mas é em torno do antigo dono do motel que o episódio de apresentação é montado.
O programa começa com um desenvolvimento muito bom desde os seus primeiros segundos. Nada de enrolação, apresentação de personagens, apenas cenas que podem ter um significado. Isso é sem dúvida um grande ponto forte para uma elaboração atual, já que a produção começou partindo do presuposto de que você deve conhecer tais personagens. É claro que eles não queriam deixar ninguém no escuro, então ao longo do episódio algumas pinceladas sobre cada um deles é feita, apenas para constar algum detalhe sendo mostrado. Foi um episódio piloto muito interessante, e ao mesmo tempo, muito forte por diversos motivos. Começar uma série com temas de impacto não é fácil, muito menos com algumas cenas que foram mostradas.
Fora tudo isso, algumas familiaridades já ficam clara desde o início. A estética apresentada pela casa, e pelo hotel, é claramente inspirada no filme de Hitchcock. Isso é sem dúvida um ponto muito positivo, principalmente por conta de questões que foram citadas anteriormente no texto. Mesmo sendo apresentada nos dias de hoje a série se mantém de certa forma fiel ao que lhe inspirou, mesmo com as mudanças em alguns pontos na vida de Norman. O interessante é que Freddie Highmore leva sua atuação tão tranquilamente que assusta. O jovem parece muito natural em cena, mas ao mesmo tempo consegue mostrar mais uma vez o seu grande talento.
Uma coisa já ficou clara: Bates Motel não chegou para ser mais um programa. Eles vieram buscar o seu espaço, isso já ficou óbvio. O interessante é que eles não colocaram um limite, então já começaram a trabalhar no estranho sentimento de mãe e filho desde o início. Já fica claro que eles tem uma ligação especial, que são muito próximos. O futuro de Norma e Norman no programa vai ser algo muito interessante de se acompanhar, principalmente pela curiosidade que ronda ambos. Em psicose o maníaco é apenas apresentado, mas o seu passado é esquecido. Sem dúvida é aqui que Bates Motel vai entrar, para apagar todas as dúvidas. Mais uma série que vale a pena acompanhar desde o início, ainda mais por apresentar belas atuações e uma trama muito complexa. É um projeto que chega com força, mas tem uma missão muito esforçada pela frente; manter um ritmo digno de Hitchcock. Será que vamos nos surpreender?

Nenhum comentário:
Postar um comentário